O soldado americano Bowe Bergdahl, desaparecido no Afeganistão (Primeiro Batalhão do Regimento 501 da Infantaria) apareceu num vídeo divulgado provavelmente pelo grupo islâmico radical Taleban. No vídeo, o soldado aparece careca, com barba rala e em vestimenta tradicional afegã, sendo induzido em inglês pelos seus sequestradores a pedir que as forças armadas dos Estados Unidos se retirem do Afeganistão.
O exército americano comprovou a identidade do homem, proveniente de Ketchum, estado de Idaho. Bowe Bergdahl está aparentemente bem de saúde, comendo pão e arroz. O governo americano fez um pronunciamento condenando as práticas do grupo, e desde o começo da semana vem distribuindo panfletos em busca da libertação do soldado.
"Nós condenamos o uso deste vídeo e a humilhação pública de prisioneiros. Isso é contra a lei internacional", disse o coronel Greg Julian, porta-voz do Exército dos EUA. "Nós estamos fazendo tudo que podemos para ter de volta esse soldado em segurança."
Greg referia-se, ao mencionar a humilhação, ao que o soldado vem passando (óbvio ¬¬) e ao que os terroristas fizeram com que falasse no vídeo: "Estou assustado. Estou assustado e não poderei ir para casa. É muito angustiante ser um prisioneiro", diz ele. "Eu tenho uma noiva com quem espero me casar. Tenho minha avó e meu avô. Tenho uma família muito, muito boa que eu amo na minha casa, nos EUA." Ao fundo, uma voz orienta: "Diga que sente saudades deles". O soldado, obediente, fala: "E eu sinto saudade deles todos os dias em que eu estou aqui. Eu tenho saudade e estou com medo de que eu não os veja novamente e que não possa dizer a eles novamente que eu os amo. Nunca mais poderei abraçá-los".
Claramente, o que esses terroristas festão fazendo com que o soldado passe é desumano. Ninguém merece esse tipo de humilhação, ainda por cima um homem que foi sequestrado servindo seu país. Mas ao nos depararmos com notícias como estas, não podemos apenas olhar o lado do soldado capturado.
O afeganistão foi invadido pelo governo do presidente George W. Bush em junho de 2003, que - segundo a rede de notícias BBC - invadiu o país alegando obedecer os desígnios divinos, mostrando um certo fundamentalismo cristão. E então eu pergunto: se o governo Bush invadiu o país seguindo princípios religiosos, matou milhares de pessoas e até agora não conseguiu nem retirar suas tropas nem devolver a paz à região, quem está mais errado? Será mesmo o grupo religioso radical afegão ou o governo americano? Pois é, nunca se encontrará algo totalmente certo ou totalmente errado, mas acho válido saber o que acontece no mundo e, principalmente, ter um pensamento crítico em relação ao assunto.
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